terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"É tudo muito simples: me olha com admiração e se preocupa se estou confortável onde quer que estejamos. E promove este conforto. Não sou insegura, mas ele tem um abraço que me blinda de qualquer medo. Porque guarda nos olhos essa tranquilidade que carrega na alma. Ele ri de qualquer excentricidade minha, topa qualquer cena em público de brincadeira e caímos na gargalhada juntos, vendo as pessoas boquiabertas. Ele tem o charme e a beleza que nunca vi em ninguém. E o melhor: não sabe disto. (...)Eu o abraço, porque não sei agradecer coisas tão grandiosas. E nunca analisamos se o que sentimos é amor, nunca tentamos dar nome aos nossos sentimentos. A gente se quer muito bem, isto é explícito. E a vontade de estar junto não acompanha qualquer dependência ou obsessão, nossa individualidade é respeitada e tem vida própria. Mas a gente gosta de ter qualquer parte do corpo sempre encostada na pele do outro. (...) E é com ele que eu tenho vontade de colocar uma pequena mochila nas costas e desbravar todas as paisagens internas, externas, e desaparecer dentro delas."

Marla de Queiroz

Nenhum comentário:

Postar um comentário