"A verdade é que quando você volta, eu mando você ir embora de novo. E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinho. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de qualquer jeito."
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
"É que eu to me sentindo uma menininha inocente, que não entende a vida e sofre por amor, é sofrer por amor é coisa de menininhas. Mas to me sentindo tão fragil, tão sem proteção, tão sozinha, tão sem você. Você vem bagunça tudo, lava as mãos, e se vai, não diz adeus. Só vai. Me entrega pro desespero, pro vazio. Eu preciso de você, preciso de cuidados, mas ninguém consegue cuidar de mim como você. Ninguém."
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
"E você me olha com essa carinha banal de ‘me-espera-só-mais-um-pouquinho’. Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta.
Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem."
Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem."
Tati Bernardi
sábado, 25 de fevereiro de 2012
"Eu sou limitada. Digo isso, desse jeito mesmo, sem parar. E sou assim porque tenho medo, morro de medo de mim.
Tenho uma criança aqui dentro que não teve tempo nem espaço para crescer. Que ri de tudo, faz piada mesmo sem saber contar, que chora quando não dão o que quer, que chora, também, quando o assunto é família e fecha todos os buracos possíveis de lágrimas e voz e carinho quando o assunto é amor. E tenho meu lado de velhice precoce. Que grita sem parar, não mede palavras nem faz bom caso de alguém, tem preguiça de tudo e de todos. Eu não sei como é que se chega a esse ponto, só sei que cheguei. E esse é o lado que eu sempre mostro. Já parou pra pensar? Nós dois em cima de um precipício, e aquela dúvida de se te jogo lá de cima ou rio com você. É por isso que eu me guardo. Porque quando me atingem, não consigo segurar. Aí eu te jogo lá de cima e me jogo depois. Só por arrependimento mesmo. São dois extremos, e você precisa aprender a lidar com eles. Ou com um só. Mas mesmo sendo assim, dividida, velho no novo, toda cheia de ‘’era outra vez’’, meu coração não é de pedra, como dizem por aí. Nem como imaginam por lá. Muito menos como quem vê por aqui. Pelo contrário até. Eu amo demais, como todo mundo que ama demais. Eu sonho demais, também como todo mundo que sonha demais. Não é que eu seja fria, entende? É que às vezes sinto como se já tivesse vivido aquele momento x milhares de vezes. É minha vista cansada que não me deixa distinguir o que é novo e o que é velho, aí julgo tudo de uma maneira só. E não é assim, talvez fosse a primeira vez, ou segunda. Não entendo o que acontece, mas é como se eu não precisasse daquilo pra seguir. E sigo. Mas eu sei que preciso. E permaneço seguindo. Por falta de tolerância para voltar, por orgulho não pedir outra vez. (...) Não precisa rir de mim, só ri comigo. Pra eu não afundar no meio de tanta coisa esquecida. No meio dessa areia movediça que me tornei. Nesse poço de coisas que ninguém entende, e nem eu. Então, não se sinta excluído por não saber o que se passa. Não se sinta esfaqueado só porque atirei coisas demais. (...)
No meio da confusão toda, nós evoluímos. Mas evoluímos para o quê, exatamente? Para uma mão errada fazendo carinho nas costas, para uma frase dita com o tom de voz diferente, para um encontro que não aconteceu, para o ''sufoco de uma dúvida''. (...)
Que tipo de nova fase é essa que deixa coisas faltando?"
Ana Beatriz
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
"Não é de repente, é mais aos pouquinhos que acontece. Difícil explicar, mas vai dando uma coisa de você não ver mais direito nem as coisas nem as pessoas que estão à sua volta. Você vai acostumando com elas, assim como acostuma com uma cadeira, uma mesa, um fogão. Quando tudo começa a ficar igual todos os dias e você, sem perceber, começa a se movimentar como quem liga o automático e, feito robô, apenas faz coisas, sem sentir o que está fazendo – bem, para mim é porque está na hora de dar o fora."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
"Talvez eu queira demais. Não só de mim, entende? Dos outros também. Espero que descubram, por trás dos meus disfarces, toda a coisa. Porque as nossas angústias usam máscaras. E eu tenho uma mania de ser valente, dá até medo. O mundo entra na mochila e ela fica mais pesada que rocha. Aí brinco de tartaruga e quero levar tudo dentro. Nem eu me seguro, ora. Não sei porque insisto. Às vezes não dá, tenho que aceitar isso. Não é vergonhoso, nem fraco, é que não dá. Porque não. Mas, você sabe, não aceito essas respostas."
Clarissa Corrêa
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
"Agora eu tenho sanidade para fazer escolhas certas e não estou mais frágil como antes. O que você me causou e as consequências graves que tive que administrar sozinha, por causa da sua covardia, me fortaleceram de tal forma, que o meu horizonte interno se ampliou no peito e nos olhos e o meu tamanho teve que ser aumentando para comportar tantos aprendizados. Por isso, a pessoa que consegue te perdoar hoje, não é a mesma que você feriu com toda crueldade que eu não sabia ser possível num ser humano considerado socialmente normal."
Marla de Queiroz
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
"E como eu fico? Eu fico aqui. Não sozinha, fico comigo mesma. Fico com a minha cama sem mais doses de drama. Fico aqui, sendo o que nunca deixei de ser. Fico aqui, sem ou com você. Vivendo sem as lembranças que custei a esquecer. Eu fico aqui. Com ou sem palavras silenciosas. Porque hoje a sua presença já não me faz muita falta. A gente a prende a viver com o que tem, e deixa pra lá o que vive não tendo."
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
"Parabéns para você, que por
algum momento desacreditou no amor. Que sofreu, chorou, mas percebeu que é
preciso continuar – de algum jeito ou alguma forma. Que é preciso ter fé, pois
o que tiver que ser a vida se encarrega de fazer. Que não consegue ler letras
duras, mas que foi obrigada a digerir frases pesadas."
Clarissa Corrêa
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