Lucas Simões
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
"Fodi a porra do amor que eu plantei pra mim. Com sua ajuda, é claro. Acho que algumas histórias de amor acabam sem poder, se esquecem sem motivo específico e se dissolvem sem permissão dos envolvidos. O tempo passa e não cura tudo não. Mas leva muita coisa pra longe. E longe é quase um esquecimento."
Lucas Simões
Lucas Simões
"Não sei o que me faz falta: só sei que no meio de tantas buscas e abismos e desencontros vazios, eu tropeço quase sempre em você. No fundo e com uma pontada de saudade, preciso apenas que você mostre que ainda esta aí. Manda um sinal de fumaça, um telegrama, uma interrupção em rede nacional na programação televisiva do país inteiro em minha intenção, ou um alô genérico qualquer. Quero saber se você ainda existe, daquele jeito meu ou de qualquer um. Não importa tanto como você vai aparecer. Eu vou gostar, saiba disso apenas."
Lucas Simões
segunda-feira, 25 de junho de 2012
"Ele conseguiu ir embora. Sem grandes pesos na consciência, sem delongas, sem dramas, com a nítida e insuportável sensação de dever cumprido na minha vida. Um alívio dissolvido em um gesto sem graça, eu vi bem, mas acima de tudo um alívio. "Desgraçado". Eu repeti três vezes antes de começar a chorar."
Lucas Simões
"Aconteceu alguma coisa e faz tempo. Eu é que tô atrasado. Uns seis meses, pelo menos? Pode ser. Mas eu preferia ouvir um sermão da montanha do mestre Yoda ou uma previsão quente daquela sua amiga fofoqueira e mal comida, do que essa verdade incompleta sobre nós dois. A gente simplesmente se acostumou com a ausência um do outro. Desistimos de regar o jardim. Deu errado. Tá, caramba. Só que todas essas explicações lógicas parecem contas matemáticas da segunda série pra mim: um processo simples que meu coração já decorou – só não entendeu.
Porque eu ainda gosto de você, da sua voz, da sua raiva, dos seus tremeliques, dos lóbulos das suas orelhas, do cheiro, da pele, do seu modo de ficar, dos seus pés e coxas, do problema que você me traz e do seu jeito de não fazer nada, até. Eu gosto. Entende?
(...)
Eu queria tudo ou nada. Agora ou nunca mais. Não te abrigar num lugar tão confuso, apertado e cuidadosamente despreparado como a corda bamba do meu coração. Você está lá. Ainda que sem vida ou ordem. Mas, está. E é assim que eu toco o barco. Às vezes com a sensação de que o vento que empurra o meu cabelo pra trás é você."
Lucas Simões
quarta-feira, 20 de junho de 2012
"Alguns hábitos são impossíveis de se abandonar. Como não impedir que as pessoas que queremos por perto vão embora. Nem aquela velha mania de dizer a simples frase: “Eu me importo com você”. Não ligar. Não demonstrar. O coração implora, grita e nosso orgulho se faz de surdo. Nós somos fortes, né? Sobrevivemos, superamos e esquecemos. Quanta bravura! No meio disso esquecemos que abandonar velhos hábitos significa nos permitir viver coisas novas. Sair do mesmo cenário e nos livrarmos da mesmice. Algumas vezes a melhor saída é encarar o risco, o perigo, o medo. E simplesmente se deixar levar. Simples, complicado, leviano. Ceder ao orgulho é tão mais fácil. Tão mais divertido. Afinal, dizem que tudo que é verdadeiro volta. Eu não volto. Por mais que eu queira, por mais que sinta. Não sou de ceder. Vou levando, escondendo e deixando “pra lá”. Talvez descubra que é tarde demais quando encontrar alguém exatamente como eu. Que não vai ligar nem se importar. Nem voltar. E aí? Perdi uma chance? Cuidado. Seja seletiva, mas não seja tão dura consigo. Tente, experimente e deixe o seu orgulho descansar um pouquinho. Possivelmente há alguém esperando só uma brechinha para entrar na sua vida pra fazer tudo mudar. Algumas barreiras podem e devem ser quebradas – mas a sua armadura anda te protegendo demais. Permita-se, antes que seja tarde. Tarde demais."
terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
"Quase amor é quando um dos lados se doa pela metade, quando tanto. Aí é pretérito. Bem mais que imperfeito.
Quase amor é um lugar estranho e ao mesmo tempo familiar. Aconchegante e inóspito. Enérgico e gélido. É como quando você tem um déjà vu ao entrar numa rua ladrilhada dessas de cidade histórica. Um lugar aonde você jamais esteve, porém consulta sua memória rígida buscando reconhecer árvores, calçadas e telhados. Uma saudade abstrata pressiona o peito. E quase dói."
Quase amor é um lugar estranho e ao mesmo tempo familiar. Aconchegante e inóspito. Enérgico e gélido. É como quando você tem um déjà vu ao entrar numa rua ladrilhada dessas de cidade histórica. Um lugar aonde você jamais esteve, porém consulta sua memória rígida buscando reconhecer árvores, calçadas e telhados. Uma saudade abstrata pressiona o peito. E quase dói."
Gabito Nunes
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
“Quando eu estiver parecendo não me importar, perceba que estou me acostumando. Vivo sem muitas coisas, convivo com muitas faltas e despedidas. Resultado: estou me acostumando. Mas você não pode chegar, arrombar a porta, estufar o peito e dizer com a voz amarga de alguém injustiçado que eu esqueci. Você não pode me apontar dedo algum, pois eu já senti tapas demais das mesmas mãos. Não invada a minha vida quando eu estiver já na etapa de conformismo da sua ausência e sumiço."
Camila Costa
Camila Costa
quarta-feira, 13 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
"Tratamos aqui de uma outra história. De não se deixar adoecer pela data. A solidão não vende celulares, a solidão está à prova dos truques publicitários, a solidão é revolucionária, a solidão é chique no último, classe!
Não se deixe intimidar, amiga, pelos coraçõezinhos de vento que agora tomam conta do horário nobre.
Lembre-se das falsas promessas, dos chifres, das decepções, dos amores fdp´s, das falhas de caráter, daquele campeonato atrás do outro, da sogra infernal, das ilusões perdidas…
Solitários e solitárias, som na caixa Mombojó: esse é o reino da alegria, tudo pode acontecer, não temam.
E se não acontecer nem tão breve, dane-se de qualquer jeito a nobre data, bote Rolling Stones bem alto, a auto-ajuda rock´n´roll que funciona, peça um uísque duplo e mate com força todas as bolas do pano verde da existência.
Viver é uma sinuca. Sempre."
Xico Sá
"E tem mais: a única vacina para um amor perdido é um novo amor achado. Vai nessa, aconselho! Só cura mesmo com outro. Mesmo que um placebo.
Muitas vezes não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da semana, da quinzena, que de tão intenso e quente logo derrete. Foi bonita a festa, pá e pronto.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença. Levanta desta ressaca amorosa, meus Lázaros e minhas Lázaras."
Xico Sá
Muitas vezes não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da semana, da quinzena, que de tão intenso e quente logo derrete. Foi bonita a festa, pá e pronto.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença. Levanta desta ressaca amorosa, meus Lázaros e minhas Lázaras."
Xico Sá
segunda-feira, 11 de junho de 2012
“E mais uma vez, eu abri uma página sua de uma rede social e fiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquilo, você não tem idéia. Mas das últimas vezes, infelizmente não era sorrindo que eu olhava, era com desânimo, com saudade e mágoa misturadas. Por que você tinha que morrer? Por que você tinha que matar tudo que eu sentia? Me obrigar a morrer também. Me obrigar a fingir estar viva pra todo mundo. Me obrigar a não chorar, quando tive vontade de chorar. Vontade de te esmurrar, te dizer que você é um idiota, um babaca, um cretino, um fraco, nunca passou disso. Nunca uma piada sua foi engraçada, nunca você me surpreendeu. Nunca. Mas eu não consigo deixar de pensar em você, a cada dia, a cada ato meu. E quando eu procuro outras pessoas, eu procuro imaginando você me vendo. E tendo ódio de mim. Porque eu quero que sinta ódio. Porque ódio significa alguma coisa, e é melhor que indiferença. Você que já foi tudo, já foi minha esperança, foi meu futuro imaginado, hoje não é nada. Não passa de uma foto numa rede social. Se eu vivo bem sem você, por que eu continuo te olhando? Por que eu sempre volto aqui? Porque eu ouço músicas que falam de tristeza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu continuo fazendo. Como uma cerimônia de luto, eu sigo a risca. Mas acontece que você não morreu de verdade, do jeito que eu preferia que morresse. Você está ai vivo, vivendo sua vida, fazendo suas coisas, feliz, tranqüilo, sem sentir minha falta, sem olhar minha foto em rede social. Porque eu não consigo? Porque você não podia ser alguém? Eu esperei muito de você? Não. Eu não esperei nada, eu entendi tudo, eu entendia o que ninguém entenderia. Eu respeitei. Eu fiz como você quis. Tudo. Eu me anulei. Eu deixei de me amar, pra todo meu amor ser só seu. Eu voltei atrás. Eu chorei, eu pedi desculpas, eu aguentei besteiras. Aguentei tudo. Ajuntando do chão, migalhas do seu carinho, migalhas do seu amor. Do seu jeito explosivo e calmo. Um dia me amando como se a terra fosse acabar depois da meia noite. No outro dia um desconhecido me pedindo pra tratá-lo como qualquer um, por favor. Você é meu personagem favorito. O dono de todos os meus textos, de todas as minhas histórias. O dono da curvinha das minhas costas. E eu tenho que dizer isso agora, só pra uma foto numa rede social. Porque você morreu na minha vida. Você pediu demissão, seu cargo era o de presidente, era membro honorário do conselho, tinha tapete vermelho e eu me vestiria até de secretária se te agradasse. E você pediu demissão, sem aviso prévio nem nada. Me diz agora? Como viver bem? Como sobreviver, sem essa ponta de angustia? Eu sou feliz, cara. Eu sou feliz demais. Mas eu sou infeliz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderia ser, no que poderia ter sido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero mais. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou mais olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo. Porque a vontade de te ressuscitar às vezes, me domina.”
Tati Bernardi
domingo, 10 de junho de 2012
"Tudo um dia tem fim. Tudo na vida tem volta.
Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não.
Amor de verdade você não sabe diferenciar.
Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe?
Dizer que você vai se dar bem? Tomara!
Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente..."
Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não.
Amor de verdade você não sabe diferenciar.
Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe?
Dizer que você vai se dar bem? Tomara!
Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente..."
Tati Bernardi
"Eu sei que é amor porque eu te escolhi pra me levar e, mesmo você não tendo aceitado, eu fui.
Eu te vi atravessando a rua com as mãos frias dentro da “jaquetinha paletó que tem zíper” e fui lançada sem tempo de pena. Você não sabe, você não vê, você não quer, você não se importa. Mas, no último segundo do sinal fechado, eu abri a janela do meu carro e joguei a mala com milhões de moedas de ouro.
A mala não te atingiu, caiu meio metro antes do seu último passo. Nem o som do meu peito desmoronado, nem o cheiro do meu amor metalizado, nem a luz da minha devoção dourada. A mala espatifou no meio da avenida caótica pela chuva e pela véspera do feriado. Os famintos, os entediados, os pobre-ninguéns, os todos-os-outros, se engalfinharam pra tirar proveito do amor que, lançado ao homem sem mãos aparentes, agora ficou esparramado, exposto e restante no asfalto, como um resto de feira reluzente."
Tati Bernardi
sexta-feira, 8 de junho de 2012
"E para amanhã à noite, cairei de paraquedas num encontro que se afigura bizarro até o momento (...). Aliás, no telefone ele me pareceu frígido a ponto de se duvidar que o garoto produz saliva normalmente. Onde eu vou me meter? Não sei. Mas eu preciso me meter em algum lugar, é assim que as pessoas acabam se encontrando."
Gabito Nunes
quarta-feira, 6 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
“Falo sério. Talvez eu até mereça essa sua atenção momentânea, mas a longo prazo sou uma garota que não funciona direito. É como se eu fosse uma vitrola antiga, com a agulha defeituosa. Se você parar para prestar mais atenção em mim, vai se dar conta que eu fico roçando no vinil e atrapalhando a música, provocando aqueles ruídos que dão agonia nos dentes. E sabe o que é pior? Eu não tenho conserto, não há peças de reposição no mercado, sou uma causa perdida. Por que você não abraça uma árvore? Vai dar na mesma.”
Gabito Nunes
Gabito Nunes
sábado, 2 de junho de 2012
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