Porque eu ainda gosto de você, da sua voz, da sua raiva, dos seus tremeliques, dos lóbulos das suas orelhas, do cheiro, da pele, do seu modo de ficar, dos seus pés e coxas, do problema que você me traz e do seu jeito de não fazer nada, até. Eu gosto. Entende?
(...)
Eu queria tudo ou nada. Agora ou nunca mais. Não te abrigar num lugar tão confuso, apertado e cuidadosamente despreparado como a corda bamba do meu coração. Você está lá. Ainda que sem vida ou ordem. Mas, está. E é assim que eu toco o barco. Às vezes com a sensação de que o vento que empurra o meu cabelo pra trás é você."
Lucas Simões
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